segunda-feira, 30 de maio de 2011

Adeus, Mestre!

A data deve ser marcada neste blog. No final da manhã de sábado, 28 de maio de 2011, na cidade de São Paulo, capital, Paulo Menten deixou esta vida e passou a para a imortalidade. Isto é tudo o que dá para registrar neste momento. Um memorial mais bem elaborado virá ao seu tempo certo, depois que a onda de choque passar...
Longa Vida, Paulo Menten!
(Sábado comecinho da noite eu estava em movimento e Sandra Jóia me ligou dando conta da notícia. Fiquei um pouco sem chão, conclui o que estava fazendo, fui ligar para algumas pessoas, pensei que deveria vir imediatamente ao blog e fazer a postagem... Não tive cabeça, naquela hora não haveria de sair nada. Mais tarde brindei ao amigo ausente, guardei o Domingo do Senhor em honra a ele e orei para que tenha ido em paz).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

para dar um sinal de vida

Já faz tempo quer não publicamos aqui, pelo que nos escusamos... Bem, o projeto está no fim, há outras coisas começando a andar, a vida não para... A ideia é vasculhar agora no meio da papelada do Paulo, textos dele mesmo falando sobre sua arte, fazendo literatura ou seja o que for. Voz para o artista... (um pouco mais de paciência, amigos. Já, já voltamos)...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Wagner deixou o link para um belo e poético documentário que ele fez sobre o Paulo... Isso daí, parceiro, você conseguiu entrar e postar depois de toda a função que foi. Sinta-se em casa, volte sempre e vamos tentar manter uma constância.

No mais, acho que é hora de começar a falar de xilogravura, arte na qual o Paulo é mestre inconteste. Não tenho muitas imagens em mãos, mas prometo providenciar mais e até escrever ou encontrar alguém mais capacitado que eu para escrever sobre o tema. Por enquanto, as imagens disponíveis -



a mesma imagem, impressa a partir de uma matriz, em uma cor, e impressa a partir de duas matrizes, em duas cores.

domingo, 10 de abril de 2011

Paulo Menten

Em sua adolescência, Paulo Menten não sabia se queria ser escritor ou artista plástico. Escolheu a última, sem porém jamais abandonar a primeira.


Paulo Menten

segunda-feira, 28 de março de 2011

Aquelas coisas que a gente fica rabiscando sem pensar muito...

Acho que todo mundo faz isso, de ficar riscando alguma coisa distraidamente...






três desenhos a caneta esferográfica, rabiscados no primeiro papel que o artista encontrou pela frente.

alguns vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=BGx-JN22Ik4

http://www.youtube.com/watch?v=uV4vSaRlzuY&feature=related

Estes são os endereços de dois vídeos que estão disponíveis na internet (só copiar e colar no navegador). Não tenho certeza de quem os fez, mas como estão mesmo disponíveis e a ideia é divulgar nosso personagem e seu trabalho, tomo a liberdade. Também um documentário do Wagner Munhê está lá, mas como ele é um colaborador deste blog e está apanhando um pouco para conseguir fazer sua primeira postagem, vamos dar mais um tempo para que ele próprio o apresente...

terça-feira, 15 de março de 2011

depois que o carnaval passar

Quanta coisa não aconteceu nesse meio tempo enquanto rolava o carnaval no Brasil: revoluções no mundo islâmico, terremoto e tsunami no Japão, as águas de março, imortalizadas por Tom Jobim, fechando o verão e provocando estragos nada poéticos...
Agora que, como reza o chavão, o carnaval acabou e o ano começou de verdade aqui no Brasil, vamos em frente. O projeto está oficialmente começando a encerrar, os processos de organização e catalogação estão bem adiantados e resta pouco a fazer através dos meios oficiais. O blog já está no ar faz algum tempo e parece que, de uma certa forma, se firmou. Os colaboradores prometidos anteriormente estão aparecendo aos poucos: o Wagner Munhê está chegando com um material muito bacana (este confirmou) e outros - que não citamos porque eles não confirmaram ainda - também estão preparando material para publicar aqui. A vida, a obra, o acervo, a discussão sobre essas coisas dos mais variados pontos de vista. Vamos em frente.

terça-feira, 1 de março de 2011

Mais dois desenhos



Dois desenhos em pequeno formato datados de 1999...

...E todos sabemos que as coisas começam a funcionar de verdade depois do Carnaval. Pode ser chavão, mas vamos dar o desconto e fazer o recesso. Depois da quarta de cinzas estamos de volta a todo vapor.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

retocando o assunto anterior e seguindo em frente

Após o relançamento deste blog recebemos alguns retornos importantes e que poderiam – podem – dar origem a mais de uma discussão muito pertinente a respeito de temas como a memória e a importância de sua preservação, as artes plásticas contemporâneas no estado do Paraná e no Brasil, a gravura como linguagem expressiva e a cultura como formador da identidade de um povo. Pode acontecer uma reflexão sobre a quase ignorância que Curitiba – ou o Paraná Oficial – ainda mantém a respeito de muitas coisas que acontecem fora da capital... Esta é só uma vertente possível de uma possível discussão, e não a que desejamos seguir aqui e agora, mas, de todo modo, um assunto que merece ser levado mais à frente na oportunidade certa e sem ranços regionalistas (valeu introduzir o tema, Valdir Francisco).
O Cláudio Garcia, por aqui também conhecido como Alfredo, deu um belo depoimento falando sobre o Paulo, sobre arte e sobre gravura. Recebemos algumas manifestações muito legais, como a de Suely Deschermayer, conservadora/restauradora no Museu Oscar Niemeyer, curadora do Fórum Internacional "Conservação do Moderno ao Contemporâneo" e representante do Paraná do INCCA, e do Valdir Grandini, o bom e velho Dentinho, duas vezes secretário interino da cultura aqui em Londrina na década passada, formatador e mentor intelectual de boa parte das políticas culturais que ainda estão em funcionamento aqui na cidade.
A Cidinha Frigeri, escritora e vice-presidente (ou presidenta?) da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina também enviou um e-mail no qual fala da relevância de um projeto como este que estamos tocando (preciso prestar um esclarecimento a ela: eu não sou professor da UEL, ainda estou terminando minha graduação em história, e Dolores está em Londrina, tocando a barca da organização e catalogação do acervo). Paula Cantieri, da Londrinatur informa que nos linkou na lista do seu site e eu ainda não descobri como é que se pode linkar a Londrinatur aqui. Maria Siqueira Santos, que está concluindo seu mestrado em história; Ana Mischiatti, cantora, produtora cultural, funcionária pública; Etel Frota, poeta (destas três falo menos porque são quase ou velhas conhecidas e amigas e Etel é minha irmã) e o nosso caríssimo Rodrigo Grota da Kinoarte, cineasta diversas vezes Kikitado, nos deram retornos muito bacanas por e-mail. Alguns destes disseram que não conseguiram postar comentários no blog, e ainda não descobri se este é um problema lá deles ou se eu fiz qualquer bobagem na configuração das coisas pelo lado de dentro. Continuem tentando, pessoal, que uma hora dá certo. É importante que seus comentários apareçam publicados aqui – é exatamente este um dos elementos que pode dar força a um blog.
Vale ainda registrar (de novo) o pessoal que nos segue desde o começo: os já citados Suely Deschermayer e Valdir Grandini; nossa velha amiga, a professora Leozita, e a Josette Branco Abranches, que é administradora hospitalar e tem uma relação sentimental/familiar com o tema do nosso trabalho, além do Eduardo Affine Neto, de quem só cito nome porque foi apenas isso que apareceu dele por enquanto lá embaixo no pé da página.
Agora, bastante tempo após o lançamento e quase um mês depois do relançamento do blog, dá para se dizer que a coisa virtual começou a andar. Outros colaboradores estão preparando material para publicação, o tema está devidamente apresentado, o blog está rodando por aí e a conversa segue em frente com leitores/interlocutores de conteudo. É importante manter o Atelier de Gravura Paulo Menten em Londrina? Porque e, principalmente, como?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Levantando

Após alguns dias derrubado por uma virose das fortes e quase sem tomar conhecimento do mundo fora da cama, o editor deste blog está de volta, ainda um pouco congestionado, mas já quase inteiro e pronto para continuar:
O retorno que temos tido pode nem ser muito grande, mas é de muito boa qualidade. Parece que as pessoas estão achando dificuldade para postar comentários aqui, e eu vou ver se é alguma coisa de errado que eu esteja fazendo e possa consertar. Em podo caso, vale registrar os e-mails do "nosso cineasta" Rodrigo Grota; da Londrinatur, que incluiu nosso link na sua listagem e solicitou a devolução do obséquio, o que será feito com muito gosto assim que eu descobrir como se faz (por enquanto vai assim mesmo, no meio da postagem - http://www.londrinatur.com.br/ - se isto aqui não virar link, basta copiar e colar...); a poeta Etel Frota; a historiadora Maria Siqueira Santos; a cantora e produtora Ana Mischiatti; a escritora Maria Frigeri e o artista plástico Valdir Francisco... Por agora vai ser só isso, mas, até este fim de semana postaremos outras coisas aqui, e vamos continuar com nossa prosa, agora que ela está ficando boa...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

um comentário e algumas imagens

Só para que conste, o Alfredo que aasinou a ultima postagem antes desta é, na verdade, uma identidade (não muito) secreta do Cláudio Garcia, artista plástico, professor da UEL, nosso colaborador e amigo. Valeu, camarada!



Paulo e sua veia escatológica e posmoderna (acho qua agora exagerei) dois desenhos em pequeno formato executados em Curitiba, 1988. "Virgens Atômicas do III Milênio."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Claudio Garcia conheceu Paulo Menten

Conheci Paulo Menten, primeiramente, escutando-o numa entrevista concedida a Radio Universidade Estadual de Londrina. Decidi conhecê-lo. Fui ao seu ateliê, próximo ao aeroporto de Londrina e fiquei encantado com as máquinas, prensas, com alguns artistas londrinenses que trabalhavam por lá (Onildes, Lúcia etc.) e, por isto, decidi fazer parte desse grupo. Foi um período muito rico e fascinante devido à ambiência do local formada em torno da prática artística voltada à gravura. Frequentei o seu ateliê semanalmente e dei prosseguimento às gravuras que trouxera do Rio de Janeiro, cidade onde morei por treze anos antes de chegar aqui. Paulo lidou com o meu trabalho dignamente, foi sutil quando discordava de alguma coisa, respeitoso com as minhas decisões, enfim, um bom mestre fazendo me sentir em casa e a vontade para trabalhar.

A atividade de gravador favorece o convívio em grupo do qual leguei o cuidado, a atenção e o respeito que hoje transfiro aos meus alunos da Universidade Estadual de Londrina, onde trabalho como professor, pesquisador e artista.

Espero que o acervo Paulo Menten não seja levado para fora de Londrina, pois, é um patrimônio cultural importantíssimo e pelo fato de estar fincado na terra vermelha, daqui não pode sair.

já que é quase carnaval...




serigrafias da sérié "Samba e Asfalto" realizadas em São Paulo nos primeiros anos da década de 1970.

diário de bordo

Reta final do projeto, o que não quer dizer que seja o fim dos trabalhos. São muitas coisas para dizer, então vamos tentar melhorar a periodicidade deste blog e dinamizar as coisas. A ideia premente é de formar o acervo, identificar e colocar em ordem as imagens, textos, recortes. Fazer pacotes e pastas, organizados e indexados, e colocar todos esses dados à disposição de quem quer que tenha a percepção da importância desse material – principalmente para a preservação da memória da cultura londrinense, mas que também recorta uma época e desenha uma personalidade única na história contemporânea das artes plásticas no Brasil.
Do começo do ano para cá tivemos uma baixa: Rosemarilde Polaci de Souza, a Rose, que atuava como técnica em arquivologia, teve que sair por motivo de saúde, e o André Silva Rodrigues acumulou as funções dela. Mas também tivemos a chegada de novos colaboradores: Wagner Munhê está fazendo as fotos do material que não pode ser scaneado; a Helena Maria Fabiano Gomes está dando um apoio decisivo na organização das imagens, e a Terezinha Favoretto Basso tem ajudado voluntariamente na identificação das mesmas, enquanto eu estou agora mais concentrado no blog ena produção.
Por enquanto tem sido uma postagem por semana, nem sempre no mesmo dia, e apenas eu escrevendo e editando. Ainda estou apanhando um pouco das ferramentas do blog, mas nem tanto quanto no começo. A frequência vai aumentar e a variedade do que pode ser visto aqui também. Ainda estamos no período de férias de verão, o Carnaval ainda não aconteceu e, muito embora não dependamos diretamente disso para realizar nosso trabalho, a verdade é que tudo o que não se refira à festa ou a volta às aulas fica um pouco mais devagar.
Vale registrar os seguidores que entraram depois do relançamento em meados de janeiro: a Josette Branco, Leozita Baggio Vieira, Valdir Grandini e a Suely Deschermayer.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

algumas litografias









As imagens desta postagem são litografias de Paulo Menten executadas em Cornélio Procópio no ano de 1980. As últimas que Paulo fez. Participaram de uma exposição promovida pela Prefeitura Municipal de Santo André – Secretaria da Educação, Cultura e Esportes, na Sala de Exposições do Centro Cívico daquela cidade – Abriu na noite de 15/08/1980 e permaneceu aberta de 16 a 24/08/1980.

As prensas e as pedras litográficas

No atelier de gravura de Paulo Menten, num bairro da periferia de Londrina, próximo ao aeroporto, há quatro prensas de gravura (duas delas bem grandes e pesadas, contando centenas de quilos), uma guilhotina para papel e cerca de setenta pedras litográficas. Numa outra oportunidade falaremos mais longamente aqui sobre a litografia propriamente dita – agora basta dizer que esta é uma técnica de reprodução de imagens a partir de matrizes líticas = de pedra, que, desde séculos antes do clichê ou do fotolito, permite que sejam impressas imagens de grande qualidade, com traços e texturas delicados e precisos como se fossem de lápis ou bico de pena. Por conta da relativa facilidade de emprego da técnica e da qualidade das imagens obtidas a partir dela, desde os primórdios da indústria gráfica no ocidente, a litografia foi largamente empregada: dos célebres cartazes de Toulouse Lautrec para o Moulin Rouge e dosm espetáculos de Sarah Bernhardt até capas de revistas como O Cruzeiro, ilustrações de panfletos e publicações anarquistas, estampas de santos, peças de publicidade gráfica, quase todas as imagens impressas da bela época, etc.
Em algum momento, na primeira metade do século passado, alguém percebeu que aquelas pedreiras enormes, de onde eram tiradas tantas pedras, estavam se acabando. A indústria gráfica agora dispunha da fotomecânica e do off-set para reproduzir imagens: técnicas mais rápidas e baratas – e a utilização comercial da litografia decresceu rapidamente.
Hoje praticamente não se encontra quem faça litografia. As pedras foram consideradas extintas na natureza e as que restaram estão fazendo parte de patrimônios ou acervos, públicos ou particulares.
Além das pedras, há uma prensa litográfica Krause, que talvez tenha um século ou mais de idade (procuramos alguma data na máquina, mas não a encontramos). Esse equipamento, de acordo com a Yara Strobel e o Cláudio Garcia, artistas plásticos e cultores da arte da gravura, não só é uma excelente prensa – mas uma das melhores que se conhecem. Essa máquina está chumbada no piso do atelier, que foi construído em torno dela. Dito assim pode soar um pouco estranho, e merece ser melhor contado, mas é mais ou menos isso aí.
Esses equipamentos, as prensas de gravura, a guilhotina e as pedras não fazem parte do que está categorizado como acervo – são patrimônio do Sr. Paulo Menten, seu legítimo proprietário, que não está mais trabalhando – mas também não se pode dizer que esteja gozando de uma aposentadoria totalmente tranquila. Alguma coisa vai ter que ser feita em relação a isso. O ideal seria que permanecessem em Londrina (se não fosse por outro motivo seria, pelo menos, porque quase não existem mais oficinas litográficas atualmente, e já há uma aqui – fora de uso, mas completamente equipada). De todo modo, para permanecer na cidade ou para ser levado embora, o encaminhamento desse material não é assunto dos mais simples. São equipamentos raros, valiosos, volumosos e pesados, só para citar quatro das principais características e que são também dos principais problemas relacionados a essas pedras e máquinas.

É muita coisa para se relatar, falar e discutir sobre gravura, sobre o Universo Menteniano e os aspectos relacionados a este esforço de organização que está sendo realizado. Vamos assim, aos poucos, um passo de cada vez, cercando nosso tema e dialogando com os leitores/interlocutores que forem se apresentando. Isto são apenas os primeiros passos.
Visão frontal e duas tomadas gerais da prensa litográfica Krause.
Detalhes das engrenagens da prensa.

sábado, 22 de janeiro de 2011

hoje é só um pequeno comentário

Está valendo o retorno, caros leitores, amigos, colaboradores... Só para que conste, os desenhos publicados no último post fazem parte de uma série de guaches em pequenos formatos, executados nos anos 80 e que foram agrupados na categoria "anjos".
Este blog não vai ter uma periodicidade muito certa em princípio... É que temos uma espécie de "conselho editorial" - que, por sinal, também é quem está tocando o projeto, e outros redatores/editores além de quem já está desde o começo devem começar a publicar aqui na continuação. Por hoje vai ser só este post ligeirinho, mas já estamos preparando um material bem bacana para as próximas... Venham aqui de vez em quando, divulguem, opinem, passem a bola para frente. Estamos aqui para isso mesmo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Anjos



vamos lá, mensageiros, levem e tragam suas mensagens nas asas do vento...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Agora, que já se passaram meses e tanta coisa aconteceu...

Este blog foi colocado no ar em agosto, quando os trabalhos do projeto estavam ainda engatando e tomando forma. O que existia então eram pilhas de documentos e imagens agrupados grosso modo por categorias e uma tarefa de agora pegar coisa por coisa, limpar, restaurar se fosse preciso, registrar numa ordem e acondicionar devidamente. No caso das imagens, ainda digitalizar tudo numa boa resolução e fazer uma descrição narrativa de cada uma ou de cada série, ou técnica, ou categoria, ou...
Era muita coisa para se fazer. Isto num espaço físico deteriorado, com uma equipe reduzida, scanners e computadores que passavam mais tempo dando problemas que funcionado, pouquíssimo dinheiro e muita burocracia. Problemas comezinhos, dificuldades e contratempos do dia a dia que, junto da correria de final de ano, deixaram muito pouco tempo e energia para se fazer um blog.
A primeira intenção desta ferramenta aqui foi falar do Paulo Menten: o artista e o homem, a vida e a obra, mas, por onde começar, entre as enormes pilhas de documentos, trabalhos, referências, influências, histórias, imagens? Como falar de um artista?... Melhor começar falando do projeto mesmo, deste trabalho que estamos aqui desenvolvendo há meses, do seu significado e sua importância para a memória da cultura em Londrina, o que foi e o que tem sido feito, os diversos fatores que o envolvem, os problemas e a busca de soluções. Enviar o link para todo mundo que possa se interessar e ter algo a dizer sobre o assunto e abrir a discussão.
O acervo de Paulo Menten cobre trinta anos de Londrina e ainda Cornélio Procópio e São Paulo, desde a década de 1950 e ainda antes. Tem alguns equipamentos pesados, prensas de gravura que não são mais fabricadas há décadas, e dezenas de pedras litográficas, já extintas na natureza. Isto além de (ainda numa estimativa não muito exata), talvez sete mil imagens – entre gravuras, pinturas, desenhos, obras de outros – e manuscritos, cartas, textos autorais publicados, livros, revistas de arte, catálogos... Falaremos mais miudamente dessas coisas nas próximas postagens, um pouco de cada vez.
O que importa aqui é dizer que parece que está muito difícil manter estas obras, documentos e equipamentos na cidade. Um arquivo digital do acervo é óbvio que sim, essa é a parte fácil. Mas estamos aqui falando de uma coisa física, que vai de uma oficina de gravura completa, pedras litográficas e muito papel pintado, desenhado, escrito ou impresso. Uma espécie de tesouro cultural. Será que Londrina vai deixar que isso vá embora daqui sem mais? Podemos fazer alguma coisa a respeito? Não sei, mas acho que devemos tentar. A ideia aqui é convidar todo mundo para comentar, colaborar, fazer alguma coisa ou, pelo menos, torcer a favor, ao mesmo tempo em que aprecia recortes da obra original e personalíssima de Paulo Menten mostrada, contada e narrada pelo próprio autor. Que a Arte fale por si mesma.